terça-feira, 7 de junho de 2011

Player 1: Jesus

De um tempo pra cá eu tenho vivido experiências, questionamentos que não são mais novidades, mas que volta e meia eles aparecem só pra me complicar.
Dúvidas sobre o que fazer, pra onde ir... Como se não bastasse a auto-cobrança, a pressão familiar é intensa. Entendo. Eles só querem o meu bem. Ou assim o tentam. Mas sei, que mesmo eu não entendendo, Jesus tem e sabe o que é melhor pra mim. É a minha única certeza.
Aprendi, do jeito mais difícil, a deixar Deus ser Deus em minha vida. Eu tratava Jesus como aquele amigo que me empresta tudo quando peço, e que no meu aniversário me deu um playstation.
Na minha casa eu ditava as ordens. No meu playstation, eu jogava primeiro. Se eu "morresse" era a vez dele. Demorei reconhecer que Ele joga melhor do que eu. Enquanto Ele abria caminhos, marcava pontos extras eu pegava o controle e perdia fácil. Fazia pirraça - Não vou passar a vez! - Como disse: O playstation é meu! Só quando chegava nas fases mais difíceis que não tinha como mesmo, eu lhe passava o joystick e o deixava passar a fase. Mas logo depois eu retomava o controle.
Um dia desses, uma confiança dessas de "sou valente" me deu a certeza que eu conseguia passar uma fase difícil. Errei. Quebrei a cara e quase quebro o controle de desespero. No último minuto de chance, gritei meu Amigo. - Me ajuda! Vou perder! E ele, sem dizer nada, assumiu o controle e passou mais uma fase pra mim.
Sei que não jogo bem. Ele joga bem melhor, mas mesmo assim não gosta de jogar sozinho. Gosta que eu tente e em qualquer dúvida, medo, incerteza, Ele está ao meu lado pra me dizer o que fazer... Ele sempre esteve, mas eu nunca perguntava. O bom mesmo é já passar o controle pra Ele, sabe.
Hoje eu amo meu playstation, mas Jesus sempre está com o Joystick.